A prosperidade da indústria vinícola, iniciada 1863, com as exportações para a Europa, que à época não tinha como produzir vinhos em virtude da praga da filoxera, chegaria ao fim com a retomada da produção em países tradicionais, como a França e a Itália, e a cobrança de pesadas taxas para a importação de vinhos, adotada em 1902.
O Chile perdeu o mercado internacional, sua situação sócio-política afastou os investimentos no setor e a sua indústria vinícola ficou estagnada durante um longo período, recomeçando o seu crescimento na época do golpe militar, após 1973, quando empresários nacionais e internacionais começaram a investir.
Segundo os especialistas, o grupo vinícola espanhol Miguel Torres foi o responsável pela retomada da renovação tecnológica da indústria vinícola chilena. Chega ao Chile em 1979, replanta vinhas, usa tanques de aço inoxidável com temperatura controlada, prensas pneumáticas e barricas de carvalho francês e americano. O seu sucesso, além de trazer outros investidores estrangeiros, serviu de estimulo à indústria nacional e, já no ano seguinte, a Concha y Toro e a Santa Rita começaram a importar maquinário novo.
Nos anos 1980, as empresas começaram a investir em instalações com mais tecnologia e novas leis, e o Chile começou a se posicionar como um importante produtor de vinhos no mercado internacional. As exportações que em 1987 eram de 12 milhões de litros, saltaram para 100 milhões em 1992, e não pararam de crescer.
Em meados de 1990, para centralizar o turismo em torno do vinho, os chilenos começaram a desenvolver a “Ruta del Vino “, oferecendo passeios, atividades e alojamento. Tudo isso impulsionou o setor que, para manter o crescimento, foi em busca de novos terroirs, novas variedades e novos sabores capazes de conquistar, em especial, o mercado internacional, sempre em busca de novidades.
Hoje, sete grandes produtores controlam mais de 55% do vinho do Chile – a Concha y Toro, a San Pedro, a Montes, a Emiliana, a Veramonte, a Lapostolle e a Santa Rita. Além deles outros excelentes produtores independentes, patrocinados por importadores como a Vine Connections, se destacam. Também está havendo, por parte dos vinicultores naturais, um resgate do uso da madeira Rauli e da uva País com resultados fenomenais.
Dentre os burdeos mais importantes temos:. Dentre os pipeños: Cacique Maravilla, Huaso de Sauzal e Aupa.
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